Então, ela morreu de Plasil? Overdose de Plasil?
Ah, claro, não foi por causa da cocaína e das bebidas alcoólicas que ela ingeriu.
E a culpa foi dos médicos que a socorreram, claro. Onde já se viu receitar Plasil, um composto notoriamente conhecido por seus efeitos antieméticos?
E tem mais: as pessoas que a acompanharam ao hospital garantiram aos médicos que ela não havia se drogado, que estava careta há não sei quantos anos. É óbvio que foi um lapso dos acompanhantes. Eles, coitados, queriam dizer justamente o contrário.
Errados estavam os médicos que não adivinharam com uma bola de cristal, afinal, um quadro de parada cardíaca é igual em um monge beneditino e em um cocainômano. Para os médicos saberem que ela estava drogada, após a negativa dos acompanhantes, só com auxílio de meios paranormais. O quê? Vai me dizer que os médicos não fazem um curso de mediunidade, clarividência e adivinhação? Absurdo. Erro deles, claro. Ou do hospital, por não ter a bola de cristal à mão na sala de emergência.
Aliás, segundo o professor de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo, Antonio Carlos Lopes, "dificilmente uma ampola de Plasil poderia complicar uma intoxicação exógena causada pelo uso de outras drogas ao ponto de levar a uma parada cardíaca."
Mas quem vai levar esse cara a sério? Ele também é médico, e é senso comum que eles são todos mancomunados para o mal geral dos pacientes.
Quer mais dessa máfia? Que tal o laboratório?
Em 2002, quando a cantora morreu, o laboratório Aventis Pharma, fabricante do Plasil, fez uma pesquisa em seus arquivos e não encontrou nenhum caso registrado de morte por Plasil injetável no Brasil.
Então, a Cássia não é apenas uma vítima de erro médico, mas também um caso único na medicina tupiniquim.
Pior para os médicos que a atenderam.
Realmente, uma vergonha.
Eu, por mim, acho que o mundo estaria bem melhor sem médicos, só com artistas viciados.
Então, tá, então.
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