31/12/2004

Último dia do ano

Hoje é 31 de dezembro.

Saí no jardim de casa e vi o tempo opaco, nem fechado nem aberto, com aquela luminosidade vinda não se sabe de onde clareando a tarde. Um dia embaçado, rua vazia, casas silenciosas. Um cachorro deitado no meio da calçada, aproveitando a sombra da unha-de-vaca denuncia o dia abafado. Tudo me deu uma canseira enorme, maior do que meu peso, e me amparei no portão para me sustentar. Olhei mais uma vez para a rua e nada. Nada de vida, nada da alegria que deveria acompanhar o último dia do ano, dia de festa. Nem o cachorro deitado nem os insetos voando nem o bem-te-vi cantando ao longe conseguiram me fazer acreditar que neste dia tão sem graça haja vida. Está um dia turvo, uma tarde fosca e quente.

Baço e abafado. É assim que termina este ano, que começou tão cheio de vida e arejado. Mas a culpa é minha, eu sei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fabio -
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